Minha amiga blogueira Maray escreveu uma crônica
interessante, “Da Constatação da Burrice”, lá no seu blogue “Che Caribe”, na
qual ela começa com a seguinte afirmação “Só sei é que nada sei”. Não deixem de
ler. Aliás, a Maray escreve crônicas excelentes. Está tudo lá, no http://www.checaribe.com/ Nessa crônica, a Maray fala sobre
dificuldades com as coisas atuais. Depois de ler, fiquei pensando em como eu
também tenho dificuldades para lidar principalmente com os aparelhos
eletrônicos. E, assim, inspirei-me a relatar algumas dessas dificuldades, na
crônica abaixo.
ELETRÔNICA? TÔ FERRADO!
Nestes tempos atuais, em que tudo está ligado à eletrônica,
eu me sinto um verdadeiro idiota. Não consigo fazer nada funcionar. O que me
espanta é que, se perguntar a qualquer criança, ela vai saber e ainda ficará
olhando para a minha cara como se estivesse indagando: “Esse cara veio de
Marte?”
Estou com um aparelho celular novo. Nem sei bem de que
companhia é. Alguém me falou em TIM. Ou seria TAM? GOL? Na verdade, acho que é
Bombril! É verdade! O aparelho tem 1.001 utilidades, se bem que ainda não
aprendi a utilizá-lo em porcaria alguma. Só não descobri, ainda, se serve para me
comunicar com outras pessoas.
CLARO que VIVO sonhando com alguém ligando e me dizendo: “OI,
TIM alguém aí?” Mas, como também não sei o número, não posso informar a ninguém.
Assim, não ligo e nem recebo ligações. Acho que vou utilizar meu celular em uma
1.002ª utilidade: peso para papéis. Ou será que isso já faz parte das 1.001
utilidades? Bons tempos aqueles em que telefone era usado apenas para
telefonar!
Quando eu ainda morava em São Paulo, tinha no quarto um
rádio relógio. Nunca me aventurei a mexer no “coisa”. Aliás, nessas alturas já
bem modernosas, eu nem sabia mais se ainda existiam emissoras de rádio. Mas, a
Maria sabia. E como!!! Quem era Maria? Maria era uma faxineira que limpava nosso
apartamento duas vezes por semana. Nunca freqüentou uma escola. Mas entendia de
rádio relógio como ninguém! E quando estava lá em casa, ligava o rádio relógio
em uma emissora evangélica. Mas, ligava para ouvir no apartamento inteiro, desde
o nosso quarto até a área de serviço (com a torneira do tanque a todo vapor... ou,
melhor dizendo, com a torneira do tanque totalmente aberta). Provavelmente, o
prédio inteiro ouvia, também. Quando a Maria saia, ao menos tomava o cuidado de
desligar a parte relativa ao rádio do aparelho. Mas, a emissora estava lá.
Quietinha mas na posição de espera, com a parte relativa ao relógio funcionando
direitinho.
Gentes, vocês não podem imaginar o que é acordar, às sete da
madrugada, com um pastor, ao lado da cama de vocês, berrando a plenos pulmões,
diretamente para dentro dos seus ouvidos:
“IRMÃOOOOOOSSSSSSSS!!!!”
E eu ali, tendo cursado duas faculdades e meia, sem saber
como fazer para desligar aquilo!
Agora, aqui no sítio, o rádio relógio foi trocado por um
simples despertador. Lógico que é simples porque dispõe apenas de uns poucos recursos:
horas, aí incluídos minutos e segundos, mais dia, mês e ano, temperatura...
Desconfio que até cotações da Bolsa, se procurar, encontram-se nele.
Normalmente, é a Nina quem o acerta para despertar. Só que, às vezes, a Nina
vai a São Paulo e me deixa sozinho com o “pesadelo”. Gentes, até que eu consigo
armá-lo. Mas, funcionar que é bom, nada! Ou melhor, até que funciona, mas em
horas erradas que eu (eu juro!) não marquei. Têm um tal de “AM” e seu irmão “PM”
que eu nunca lembro de olhar e que resolvem gozar com a minha cara toda a santa
vez que eu preciso mexer no mequetréfio. Aí, o despertador não toca às sete da
madrugada, como esperado, e eu acordo às onze. À noitinha, quando começo a ver
TV e sem que eu tenha pedido, o despertador resolve dar o ar de sua graça sem
graça e toca. Toca às sete da noite!
Mas, agora, descobri um jeito infalível de lidar com o
despertador, quando a Nina está em São Paulo. Ligo para ela e peço:
“Me liga amanhã, às sete da madrugada?” Não falha! O
telefone (fixo, não o celular louco) funciona direitinho. E viva a era eletrônica
sem eletrônica!
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Como
vocês devem ter percebido, em blogagens anteriores, meu hobby são as orquídeas.
São umas 30.000 espécies diferentes espalhadas por todos os continentes, exceto
na Antártida. Isso sem falar nas híbridas. Minha amiga Michele Nardi, de
Vinhedo/SP, na exposição realizada em Santo André/SP, em março último, fotografou
esta Platystele ovalifolia.
É uma micro orquídea com flores de apenas 2 a 3
milímetros de diâmetro.
Ganhou um prêmio especial, na categoria “Raridades”. Vejam
que beleza e que perfeição de flor.
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Neste próximo final de semana, de 22 a 24 de junho, teremos exposição de orquídeas na cidade de Rio Claro/SP, no prédio das Faculdades Claretianas. Trata-se de uma das maiores exposições de orquídeas realizadas no Brasil, com aproximadamente 2.600 plantas pertencentes a centenas de colecionadores. Estarei lá, com dois exemplares de minha coleção.
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Abração a todos e até à próxima postagem.
JF