Gentes,
Hoje, eu irei narrar uma versão mais moderna da história da
Branca de Neve e os sete anões. É óbvio que é tudo ficção. Nada a ver com a
realidade. Qualquer coincidência é mera coincidência não intencional, mesmo. E
vamos lá.
Era uma vez sete anõezinhos que exploravam algum tipo de
negócio escuso, bem lá no meio da floresta. Os negócios não iam lá muito bem,
pois o IBAMA entendeu que eles estavam derrubando árvores de “mata atlântica” e
lascou-lhes uma tremenda de uma multa. Mas esse não era o seu principal
problema. Seu drama era Branca, a feitora, que vivia com eles em regime de “Dona
Flor e seus sete maridos”. Branca gostava de gastar dinheiro em Shoppings. Vai daí que, quando um bando de “sem terras”, aliados
ao PCC e a alguns políticos, apossou-se da mina de diamantes dos anões,
secando-lhes a fonte de dinheiro, Branca mandou a gurizada às favas e tratou de
procurar fonte segura de copioso dinheiro.
Mas, o que fazer nestes tempos de crise em que o dinheiro
anda curto? Entrar para a política? Não! Muito perigoso! Que o digam os
políticos que estão respondendo pelo “mensalão”.
E foi assim que Branca teve a mais original idéia de sua
vida: vender sua virgindade! E colocou seu hímen à venda, num site de internet.
Desses que vendem de tudo: de CDs a automóveis, de anzóis de pesca a hímens. Levaria
seu hímen aquele que mais pagasse. E não é que deu certo? A TV e os jornais, na
falta de algo importante a noticiar, encarregaram-se da publicidade volumosa e
gratuita. Hordas de trouxas tarados, encantados pela donzela de cabelos negros
e pele alvíssima, foram fazendo seus lances. Lógico que Branca pediu pagamento
antecipado. E lá ela seria suficientemente besta de entregar seu hímen e ficar
a ver navios? Principalmente porque os que fizeram lances eram políticos e vocês
sabem como políticos costumam cumprir com o que prometem, não é mesmo?
Dessa forma, com o dinheiro do adiantamento, Branca pode
pagar seu cirurgião plástico pela cirurgia de recomposição de hímen, pois os
anões de há muito tempo já haviam rompido tudo o que havia para ser rompido, se
é que vocês me entendem. O dinheiro serviu, também, para comprar o silêncio dos
anões que, a estas alturas, já andavam “arrastando asas” para os lados da
Rapunzel. Deu, também, para comprar uma casa para o pai e para a madrasta (que
era uma bruxa muito malvada), maravilhados com o desprendimento da donzela.
E Branca tornou-se, oficialmente, uma “não
virgem”, endinheirada e com uma promissora carreira pela frente. Nada de
príncipe encantado, pois este, a essas alturas,estava indisponível, amasiado
com o motorista de um deputado, mas oficialmente livre de seu hímen graças à
intervenção e ao dinheiro de “caixa dois”, sobra de campanha, de um político de
primeiro escalão, daqueles que habitam Brasília.
E a carreira começou.
A revista Playboy já tem garantida sua participação, com
doze páginas e a capa, para dentro de dois meses.
Duas redes de TV começaram uma disputa acirrada para contratá-la. A participação de Branca é garantia de sucesso para qualquer “reality show”. Mas isso deixou-a com um grande problema. E agora? Como decidir? Participar do “A Fazenda” ou do “BBB”?
Mas, como isso é coisa para o ano que vem, Branca já está de
malas prontas para mudar-se para a Europa, onde já está de casamento marcado
com um famoso jogador de futebol brasileiro que atua por lá. E os planos para
esse casamento já estão prontos. Depois de um ano, pedirá o divórcio e receberá
dois milhões de indenização por ter entregue um ano inteiro de sua maravilhosa
existência a um desmiolado cafajeste que a deixava sozinha, à noite, enquanto
perambulava pelas baladas em companhia de umas modelos e de travestis.
E depois da fase européia de sua carreira? Bom, irá casar
com um diretor de alguma emissora de TV, talvez dessas de segunda linha, e,
dessa forma, terá seu próprio programa de entrevistas. Afinal, um dia, todos
precisarão ter uma profissão definida e um trabalho fixo.
Oh, vida!!!
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Abração e até à próxima.
JF