Àqueles que disseram, na blogagem anterior, que não gostariam de terem sido meus alunos, devo informar que, modéstia à parte, eu era um professor muito querido por eles. Mesmo bem depois de ter encerrado meu período de magistério, várias vezes recebi manifestações de carinho de antigos alunos. Mas, não era disso que eu queria falar e deixo isso para outra ocasião. Queria mesmo contar outra historinha.
Em uma das escolas onde lecionei, havia um curso pós segundo grau, sem ser nível universitário, onde eu dava aulas em um curso de secretárias trilíngues (português, alemão, inglês). Sempre fui muito paciente, mas, certa ocasião, nem lembro mais o porquê, as meninas me tiraram do sério e eu explodi. Foi uma bronca daquelas de ninguém botar defeito. O silêncio da classe era tão grande que seria possível ouvir um mosquito respirar. No auge da bronca, para dar maior ênfase, resolvi dar uma tremenda pancada na mesa. Lógico que não foi com a mão que eu não era besta! Eu tinha uma caixa de giz enorme, cuja tampa era o apagador. Era uma caixa bem grande, onde eu tinha um monte de giz branco, e mais giz de diversas cores, já que eu usava demais o quadro-negro.
Bom, quando dei a pancada com a caixa de giz na mesa, ela explodiu com estrondo. A caixa, não a mesa! Foi giz voando pela classe toda, acertando nas alunas, caindo pelo chão, deixando minha mesa com uma grossa camada de pó branco.
Nessa altura, a ira se transformou em espanto e o espanto em vontade de dar risada. Cair na gargalhada, mesmo! Porém, um sorrisinho que fosse e minha autoridade perante a classe iria para o brejo. As alunas, por sua vez, continuavam absolutamente em silêncio, uma ou outra até um tanto suja de giz, ou com pedaços de giz sobre seus cadernos e livros. Mas, o leve tremor dos cantos de suas bocas e olhos as denunciavam. Estavam doidas para cair na gargalhada, mas quem era suficientemente doida de rir do professor, numa situação dessas?
E foi assim que, sem nenhum sorrisinho que fosse, embora professor e alunas quisessem todos cair na gargalhada, terminou a bronca e a aula continuou normalmente.
Aquela turma se formou – curso de dois anos – e nunca o assunto foi comentado. Passados muitos anos, certa vez encontrei uma das meninas, agora já casada, com filhos, e recordamos a história. Agora, sim! A aluna sem medo do professor, o professor sem medo de perder a autoridade perante a classe, os dois rimos muito da comicidade ridícula daquele momento.
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Pessoal,
Não deixem de ler as aventuras de meu cão beagle, caçador de coelhos, no blogue dele, o http://www.edbeagle.blogspot.com/ Como voces já devem saber, o Ed Wood (o cão) vai ditando as aventuras e eu vou digitando.
Abração e um feliz 2011 para todos.
JF
11 comentários:
Caríssimo J.F.
Eu gostaria de ter sido teu aluno sim! Mas infelizmente, também sou do tempo do Pó de Giz. O que não nos impede de trocar o que transbordou do tempo que ficou para nós....
Eu sou suspeita: sempre gostei desse "causo" em particular...
Hmmm... me lembrei de um que envolve esse professor, mas não vou te contar não, que você e o Ed sempre acabam chegando antes e eu não conto no meu blog, HAHAHAHAHA!!!
Beijocas da sua filhinha, que ainda era do pó de giz.
Gostei JF. Gostei de ver a foto do nosso ceguinho no pé da bergamoteira.
Abraços na familia toda, inclusive no Ed. Feliz aniv, feliz ano novo.
LC MH
Olá moço(rs) ca estou para lhe diz que seja muito feliz neste niver...Esta ficando mais novo? Hem? Então meus sinceros parabens e muitas felicidades.
bjs para todos.
Parabéns, J.F., muitas felicidades, muitos anos de vida e um Ano Novo cheio de novidades e alegrias.
Bjim pra ti e família.
Oi Jota, vim conhecer seu Blog e imagina se não gostei. A do rei!
Estou até levando o link para o meu blog, assim te acompanho ainda mais de perto.
Soube que está ficando mais moço hoje, é verdade? Conhece o Ed? não né? Então ele que me contou, rs.
Queria lhe desejar um novo ano de vida maravilhoso, com muita saúde, e um Feliz Ano Novo com muita paz e muito amor.
Feliz aniversário meu amigo e Feliz Ano Novo!
Com carinho,
Neusa
hahahaha, meu caro JF! Adorei o novo visual e vi que gostou do meu, obrigada! Nada como roupa nova no ano novo!
hahahaha, eu não seguraria o riso. Aliás, você quebrou a caixa de giz, já eu... Quebrei a mesa! Bem, eu trabalhava no estado, numa escola com móveis centenários. Um garoto me tirou do sério (hoje é formado em educação física e ainda rimos disso!) Eu usava a cutuca. (Não sabe o que é? A cutuca-marido, sombrinha grande e pontiaguda para fincar no pé de marido que olhasse para moças na rua). No auge de minha bronca eu bati com ela na mesa e lá se foi minha sombrinha vermelha e a mesa fez nhééééc! Tombou no campo de batalha! Não ri, alunosnão riram, mas eu fui pra diretoria me refazer e não conseguia contar o caso de tanto rir...
Adorei seu 'pó de giz' (nome do meu ex blog junto com alunos, que fiz em 2003)
Obrigada pelo seu carinho, pelos comentários e eu desejo a você e a todos um ano excelente!
Olha, o perfil ficou o máximo!
Beijos!
Ah, J.F. eu ia morrer de rir! E daí, era engraçado mesmo. A bronca? Bom essa continuaria depois do riso.
Bjsss
Olha por mais medo que tivesse, por mais respeito que eu tivesse, te garanto que teria caido na risada, eu sou péssima nesses momentos de não se pode rir!
Vim retribuir a sua visita, gostei do blog.
Abs
Sou muito boba! Não ia conseguir segurar a risada! Ah, se estivesse lá!
Eu tinha um professor chamado Rovilson - sério! - Ele tinha mania de apontar o giz para a testa do aluno que estivesse conversando e sempre acertava. Uma vez, ele jogou e errou o alvo. O aluno muito do assustado, abriu a boca e, imagina onde foi parar o giz? A escola quase caiu, o assoalho era de tábuas corridas e os alunos aproveitaram e da mesma forma que riam, batiam com os pés no chão! Mágina se a diretora não apareceu e suspendeu a turma por 3 dias - o professor também, pois!!
Boa semana! Beijus,
Beijos JF! Voltei de férias!
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