terça-feira, junho 21, 2011

PIZZA DE ALFACE

Vocês sabem o que é ir a uma pizzaria e ficar comendo pizza de alface? Pois foi o que aconteceu comigo, neste último fim de semana, em Rio Claro/SP.

A exposição de orquídeas de Rio Claro transformou-se, com o correr dos anos, num ponto de encontro nacional dos orquidófilos.  Vem gente de muitos estados e até da Argentina, Bolívia. Nesses encontros, muitas amizades de internet se materializam, além de se solidificarem velhas amizades. No ar, além da beleza das flores, a alegria do encontro com os amigos.

Na sexta feira à tarde, logo ao chegar ao estacionamento do hotel, vi uma amiga querida, de São Paulo, que não via há algum tempo, a Suzi. Larguei as malas no chão e fui em direção a ela, já  com os braços abertos. Um sonoro beijo no rosto e um abraço bem caloroso. A Nina, que vinha atrás, também deu um abraço. Só que não tão entusiasmado. Pareceu-me que ela achava que tinha alguma coisa que não estava certa. Meu amigo Damião, que fora comigo, aproximou-se e eu anunciei, entusiasmado:

“Olha só quem está aqui!”

Damião aproximou-se e também a abraçou, certo de ser alguma amiga, embora ele não tivesse reconhecido. 

Bom, ao lado da Suzi havia um senhor, que, pela idade, imaginei ser o pai dela. O senhor possível pai sorriu para mim e foi logo estendendo a mão e se apresentando. Nem me perguntem o nome dele, pois acabei não guardando. Porém, outros amigos que estavam por perto, tendo me visto abraçar tão calorosamente a loira... Havia me esquecido: a Suzi é loira!  Pois esses amigos, depois, me perguntavam:

“Quem é ela?”

“A Suzi. Vocês não reconheceram?”

“Ué! A Suzi cresceu e parou de usar óculos?” Ficou todo mundo na dúvida, embora eu insistisse.

E foi assim que todos ficaram sabendo, graças a mim, que a Suzi tinha ido à exposição de orquídeas de Rio Claro. Pior foi a Carmen!

“Eu convidei a Suzi para vir comigo e ela disse que não podia. Precisei viajar sozinha e agora ela aparece por aí!”

À noite, ao voltarmos da inauguração solene da exposição, a Suzi estava na recepção do hotel pegando a chave do apartamento. Juliana não agüentou mais e perguntou quem era ela.

“Sou a Deolinda. Sou orquidófila, de Rio Preto!”

Gentes, notícia ruim se espalha mais que tiririca em terra boa. Era óbvio que eu beijara (no rostoooo!) e abraçara a loira errada. Mas, convenhamos, houve a conivência dela! Afinal, não protestou! Mesmo eu a chamando de Suzi. Verdade que a Nina duvidou da identidade, mas achou que eu conhecia a pessoa.

Manhã seguinte, no restaurante do hotel para o café da manhã, a notícia do “abraço do JF” já se espalhara e estava na boca de todo mundo. Evidentemente, alguns engraçadinhos começaram a exagerar na descrição do abraço e... Vocês sabem como são os maldosos, não é mesmo?O certo é que todos riam às minhas custas.

Alguns minutos depois e a falsa Suzi aparece no restaurante. Comoção geral! Eu fiquei com vontade de me jogar no chão e ir me esgueirando, engatinhando por entre as mesas, até chegar à porta. Minha amiga Vera, de Fortaleza, que já estava com dor nos maxilares de tanto rir, chamou a falsa Suzi, que nesta hora também já estava sabendo do que estava acontecendo, para esclarecer tudo. Felizmente, a verdadeira Deolinda, ou falsa Suzi, como queiram, levou tudo na esportiva e também caiu na risada. Nina e ela até bateram longos papos.

Mais tarde, ao saber que a Suzi era uma falsa Suzi, até a Carmen se acalmou e foi mais uma a ficar rindo de minha cara. Pode uma coisa dessas? Será que ninguém pode perdoar e esquecer-se de um pequeno e ingênuo (juro!) engano?

Gentes, depois de tudo isso, olhando melhor, tirando o fato de ambas serem loiras, até que não eram assim tão parecidas. Fazer o que, não é mesmo? Na verdade, eu nunca fui bom com nomes e fisionomias. Por isso, senhoras que estão lendo esta crônica, se, um dia, eu me aproximar de vocês e lhes der um beijo estalado no rosto e um abraço apertado, por favor, não me levem a mal. Eu não sou um cafageste inescrupuloso e sem vergonha. Sou apenas um pacato míope!

Ah! E o por quê de eu estar comendo pizza de alface? Foi a Nina:

“Isso só pode ser excesso de colesterol! Daqui para a frente, você só come pizza de alface. Por castigo e para aprender a não ficar beijando e abraçando loiras por aí. E nem morenas!”

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Gentes, só mais uma historinha. Bem pequena!

Fui ao aeroporto de Viracopos pegar minhas amigas Vera e a filha Juliana, que vieram de Fortaleza para participar da Expo-Rio Claro. O avião chegou com atraso.

Imaginem que, na escala em Salvador, avião descendo e, de repente, uma arremetida e voltou a subir. Depois, ficou sobrevoando Salvador até, de novo, começar as manobras de pouso. Desta vez, com sucesso.

Mas, enquanto sobrevoavam a cidade, o comandante informou a razão para a interrupção da manobra de pouso: um bando de cães passeava tranquilamente pelas pistas. Só rindo, mesmo!

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A foto é de autoria de minha amiga Carmen, de São Paulo.

Abração e até à próxima.

JF

domingo, junho 12, 2011

CUIDADO COM AS IMITAÇÕES

Se há coisa que tenho raiva é imitação! Não estou falando das imitações feitas por humoristas, na TV. Destas, em sua grande maioria, eu tenho é pena dos tão mal imitados e... poxa!, tenho mais pena ainda dos imitadores que não sabem imitar. E o que dizer das imitações vindas do Paraguai? Whisky fajuto, com belas marcas escocesas, fabricado aqui no Brasil e contrabandeado para a ex pátria do Solano Lopes. E, de lá, recontrabandeado para o Brasil. Imitações de tênis, imitações de jeans! Tem as imitações de relógios Rolex...

Engraçado, assaltante não rouba Rolex falsificado! Só de bater o olho eles já sabem que é fajuto. Só o feliz possuidor, que deve ter pago uma nota, é que não nota.

Agora, o que me irrita mesmo, de verdade, no máximo de minha irritação, são aqueles que procuram passar-se por mim. É verdade! Imitadores do JF! Eu me explico.

Sou um cara deveras conhecido nos meios orquidófilos pátrios, extra-pátrios e até apátridos. Por quê? Porque sou, oras! E vocês sabem que minha modéstia me impede de vangloriar-me com isso.

O drama é quando compareço a alguma exposição de orquídeas e, depois, comento nas listas de discussão, da Internet. Certamente alguém irá responder:

“Você esteve lá? Puxa, eu também fui e  não o conheci!”

Ou então:

“Caracoles, usted estabas allá? Mira, como no te reconoci?” Ou algo mais ou menos parecido com isso.

Dessa forma, para poder ser reconhecido por amigos internautas, nessas ocasiões, mandei fazer um boné no qual, na parte de cima, mandei bordar minhas iniciais, JF, que é como sou mundialmente conhecido nesses ambientes, modéstia à... Modéstia que vá às favas!

Acontece que a bordadeira gostou da idéia e a vendeu para alguma empresa fabricante estrangeira de roupas esportivas (talvez, a Adidas?). A idéia do boné com as iniciais? Não! Simplesmente, vendeu a idéia de minhas iniciais para utilização em qualquer coisa que cubra a cabeça.

Daí para frente, pelo mundo afora, uma porção de gente sequiosa de fama, mas longe dela, passou a utilizar-se de minhas iniciais, JF, na cabeça. Pode uma coisa dessas?

Vejam as fotos de alguns desses desconhecidos, espalhados por este mundão sem fim, que já aderiram à minha forma de ser devidamente reconhecido.






Portanto, meus amigos, ao se depararem com alguém com a cabeça encimada pelas iniciais JF, não se enganem! Examinem bem! Pode ser que não seja eu, o legítimo JF. Como me irritam esses caras que buscam seus minutos de fama!

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BELAS FOTOS, NO BLOGUE "LENTES2"
Pessoal, vocês conhecem a Claudinha, né? Do blogue "Transmimentos de Pensações" (http://transmimentos.blogspot.com/), onde ela faz prosa com sabor de poesia. Pois é! A Claudinha tem um outro blogue, "LENTES2" onde ela faz postagens de belas fotos. Na verdade, fotos com sabor de poesia. O endereço?  http://lentes2.blogspot.com/  Vale a pena ver.

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Abração e até à próxima.
JF (o verdadeiro)