terça-feira, agosto 20, 2013

INSENSATEZ

O assunto principal, hoje, será diferente. Um pouco de nostalgia e de revolta.

A planta das duas fotos, exposta e premiada na exposição de orquídeas de Pouso Alegre/MG, dias atrás, é a Sacoila lanceolata, antiga Stenorryhchus australis. É uma orquídea terrestre encontrada no continente americano, desde a Flórida até diversas regiões do Brasil. Seus bulbos ficam enterrados. Aqui no Brasil, ali por julho/agosto, uma haste floral surge da terra, com um pouco de folhas verdes na base da planta, para logo desenvolver suas flores. Fica aberta por uns quinze/vinte dias e, em seguida, seca a haste. A planta seca aparenta estar morta. Entretanto, sob a camada de terra que cobre seus bulbos, ela permanece viva, ressurgindo à mesma época do ano seguinte e repetindo o seu ciclo.


Aqui em Itatiba/SP, encontrei uma colônia dessas plantas no sítio vizinho, na beira da estrada, no meio de um pasto.

Todos os anos, ali por junho/julho, época prolongada de falta de chuvas, alguém colocava fogo no capim seco da beira da estrada. As chamas entravam pelo meio do pasto e queimavam tudo. Inclusive as Sacoila lanceolata que, nessa altura, apresentavam-se totalmente secas. 

Quando chegava o período de agosto/setembro e o verde retornava ao local, lá ia eu para admirar aquela enorme quantidade de hastes coloridas saindo da terra, no meio do capim rasteiro. Voltava para casa feliz de ver aquele capricho da natureza. Infelizmente, nunca tive a idéia de fotografar. E nem precisava, já que aquilo repetia-se todos os anos.

Durou até à hora em que alguém resolveu arar todo o pedaço e plantar “capim de qualidade” para o pasto. Com o revolvimento da terra, acabaram com os bulbos enterrados e a planta, simplesmente, desapareceu do local. E a área foi utilizada como “pasto de qualidade” por apenas um ano. Um único ano! Nunca mais, e já vão uns vinte anos, o gado passou por ali. E nunca mais, também, uma Sacoila lanceolata floriu por ali.

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LÓGICA INFANTIL

A Bárbara é uma encantadora mini-orquidófila de uns 8 anos de idade, que conhecemos em uma das últimas exposições de orquídeas. Muito falante, já foi nos contando que, como o pai, será dentista.
"Mas vou ser uma dentista diferente. Vou ser dentista de cachorros."
"Dentista de cachorros, Bárbara? Que bom! E por que de cachorros?"
"Dentista de cachorros ganha mais dinheiro que dentista de gente!"
Ahhh! Muito bem pensado!

Abração a todos e até à próxima.

JF

terça-feira, agosto 06, 2013

SER OU NÃO SER MAGRO, EIS A QUESTÃO!


Vocês já comeram pizza de alface? Não recomendo! Até a garçonete ri da minha cara.

Quando me casei, eu pesava 60 quilos. Era tão magro que meu pijama listrado tinha uma única cor, ou seja uma listra. Isso não era tão importante, já que, no começo do casamento, quem é que vai se preocupar com a cor ou as listras do pijama? Nem com o uso do dito cujo.

O tempo foi passando, a Nina me tratando bem, e eu fui engordando. Um quilo por ano. Tanto que, com 5 anos de casado, pesava 65 quilos. Nas bodas de prata, não comemorei os 25 anos de casamento. Comemorei foi o ganho de 25 quilos. A coisa toda era tão regular que eu já não contava mais o tempo de casamento em anos. Contava em quilos.  Eu não dizia, por exemplo, “há trinta anos atrás, quando casei...” Eu já falava “há trinta quilos atrás, quando casei...”

De repente, não sei o que aconteceu, se foi a Nina que passou a me dar mais comida ou sei lá o quê, desembestei a aumentar meu peso mais de um quilo por ano, até chegar à casa dos 105 quilos. E, dessa vez, os 45 quilos a mais não correspondiam ao tempo de casamento.  A coisa toda ficou tão feia que precisei voltar a falar em “anos” de casamento. Até o dia em que alguém tirou uma foto minha, de perfil. Gente, que coisa horrível! Quem não me conhecesse, seria capaz de jurar que eu esperava gêmeos. Foi aí que resolvi fazer um regime, por minha conta, sem sacrifícios, sem remédios, sem médicos, em segredo até para a Nina. Reeducação alimentar por minha conta! E foi o que fiz. O peso começou a cair à incrível marca de 1 quilo por mês. Um ano após iniciado o regime, eu já pesava 12 quilos a menos.

Um dia, numa farmácia, ouvi uma senhora, preocupada e espantada ao descer da balança, comentar com outra:

“Nossa! Cheguei à casa dos oitenta!”

Pois foi nesse tempo que eu, no silencia de meu banheiro, subi na balança e, alegre, comentei comigo mesmo e depois com a Nina:

“Nossa! Cheguei à casa dos oitenta!”

De repente, não sei o que aconteceu, se foi a Nina que passou a me dar ainda menos comida ou sei lá o quê, a balança do meu banheiro começou a diminuir meu peso de forma ainda mais rápida e dramática que a velocidade de 1 quilo por mês e cheguei à casa dos 86 quilos. Isso me deixou bem preocupado, pois escapava aos meus planos de regularidade mensal, e resolvi investigar o que estava errado no meu regime. Fui pesar-me na balança da farmácia: 92 quilos. Lógico que eu estava vestido, né? Não sou besta de me pesar nu numa balança de farmácia. E se chega a polícia? Chegando em casa, tranquei-me no banheiro. Com roupas, 88 quilos. Sem roupas, 86 quilos. Não! Não estava certo! Isso merecia uma “sherloquisação” em regra. E descobri! Era a pilha da minha balança que estava descarregando e me roubando alguns quilos. 

Pode, uma coisa dessas? Tipo do apoio besta que não pedi!

Bom, trocada a pilha, depois de alguns dias, realmente, cheguei aos 89 quilos. Só que uma preocupação chegou. E aí? Agora que me acostumei a comer muitas verduras e legumes, a não exagerar em carboidratos, a não mais “picnicar”, à noite, enquanto fico na internet, a fazer um pouco de exercício, como vai acabar tudo isso? Se eu paro com o meu regime, sou capaz de voltar ao peso máximo, como já aconteceu uma vez. Se continuo, continuarei perdendo um quilo ao mês. Até chegar aos meus 60 quilos do “dia do meu casório”. E continuarei perdendo um quilo/mês até chegar ao peso de minha adolescência. E continuarei perdendo um quilo/mês até chegar ao peso de minha infância. E continuarei perdendo um quilo/mês até chegar ao peso de...

Aí a Nina resolveu intervir:

“Pode parar por aí! Já troquei fralda de nenê o suficiente. Não vou trocar fralda de nenhum nenê a mais. Nem que seja você!”  


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OS BICHOS, NO SÍTIO

O macaco, aí ao lado, vinha passeando pelos fios de eletricidade (desencapados) e tomou um baita choque. E caiu! O caseiro o pegou e o trouxe para que víssemos. Depois das fotos, o bichinho foi colocado sob as árvores do jardim. Aos poucos foi recuperando as forças e a agilidade, subiu em uma das árvores, dali pulou para outra, e desapareceu no mundo. Felizmente, totalmente recuperado. Foi só um susto.



EXPOSIÇÕES DE ORQUÍDEAS

Alguns amigos internautas, principalmente do Facebook e das listas de discussões sobre plantas, especialmente as de orquídeas, me perguntam por onde andarei para que possamos nos conhecer pessoalmente. Assim, tendo aí ao lado a foto de uma Lycaste de minha coleção, deixo a lista das exposições em que estarei coordenando os julgamentos, nos meses de agosto e setembro: 02 a 04/08 Pirassununga/SP - essa já foi; 09 a 11/08 Pouso Alegre/MG; 16 a 18/08 Piracicaba/SP; 22 a 25/08 Várzea Paulista/SP; 30/08 a 01/09 Mogi das Cruzes/SP; 06 a 08/09 Jarinu/SP; 13 a 15/09 Alfenas/MG. Em princípio, essas são as exposições para as quais fui escalado pela Coordenadoria das Associações Orquidófilas do Brasil. Pode acontecer de, uma ou outra, ser substituída por outra cidade, já que, para esse período, estão previstas 26 exposições em SP, MG, MS e PR. Além dessas em que estarei dirigindo os julgamentos das plantas, ainda estarei (27/09) em Sorocaba, mas apenas levando as plantas de minha associação e fazendo parte do corpo de juizes da exposição. Mais para a frente passo a lista de por onde andarei nos meses de outubro a dezembro. 

Abração a todos e até à próxima.
JF