quinta-feira, dezembro 13, 2007




CONVOCAÇÃO:

FAMÍLIA JACARÉ!!!

Ensaio marcado para o próximo domingo, na nova sede, no sítio, em Itatiba/SP.



FELIZ É A TARTARUGA. QUANDO MUDA, CARREGA A CASA NAS COSTAS E NÃO PRECISA PAGAR EMPRESA DE MUDANÇAS!

Gentes, na outra encarnação vou montar uma empresa de transportes especializada em mudanças residenciais. Juro! Vocês já andaram pedindo orçamento para uma mudança, ultimamente? Tentem! Mesmo que não estejam com intenção de mudar-se, telefonem para alguma delas e peçam um orçamento. Com vistoria prévia e sem compromisso. Mas, digam que vão mudar-se para um sítio, em um município qualquer, a uns 80 ou 90 quilômetros de São Paulo. No dia seguinte, vocês estarão sendo visitados por um sujeito muito falante, contador de piadas, uma “simpatia”. Aí, quando chegar o orçamento, vocês vão reparar que as piadas do sujeito eram sem graça. Mas aí já é tarde!

Ah, sim! Tudo bem! Vocês pediram um orçamento mas sem intenção de mudança. Ainda bem! Vocês vão ver que loucura que é. Depois, vocês me contam.

CARREGANDO O PIANO

A única vez em que me mudei e não levei meu piano, foi quando casei. O piano ficou na casa de meus pais. Porém, depois de alguns anos, levei o piano para o apartamento. Naturalmente, contratei uma empresa especializada.

Para tirar o piano da casa dos meus pais foi fácil. Era casa térrea. Mas, quando chegaram com o piano lá no prédio em que eu morava... Décimo andar de um edifício antigo, daqueles que têm o “pé direito” lá nas alturas! É mais que óbvio que o piano não cabia no elevador. Tinha que ser levado pela escada por quatro peões. Cada um deles muniu-se de um... de um... como direi? De um “pescoçorão”... Como? O que é um pescoçorão? Bem, é uma correia muito grossa, de couro, que as pessoas passam em volta do pescoço e que vai até o chão. A parte de baixo é colocada sob o piano e, assim, com base na força de pescoço, ombros, coluna, braços, os quatro peões mantém o piano elevado uns dez centímetros do solo e o levam de um lado para outro. Inclusive, sobem as escadarias de um edifício... Pescoçorão? Vocês não conhecem esse termo? Na verdade, os dicionários ainda não registram. Acabei de inventar. E foi pura analogia. Se a uma correia grossa em volta da cintura denominamos cinturão, por analogia, em volta do pescoço será pescoçorão! Isto é lógica pura!

Os “carinhas” levaram uma meia hora para chegar ao meu apartamento. Quando puseram o piano no chão, os quatro estavam em petição de miséria, mais molhados de suor que cachorro que ficou trancado do lado de fora da porta, em dia de temporal! Imediatamente, peguei copos e água para eles. Eles olharam bem para a água, mas ninguém se animou. Aí, um deles, que parecia ser o chefe, virou-se para mim e falou:

“Água, doutor? O senhor não tem aí uma garrafa de conhaque?”

Fui buscar o conhaque e eles puderam matar a sede.

NEM TUDO QUE VEM DO CÉU É AVIÃO OU PASSARINHO

Houve uma grande evolução no transporte de pianos, desde aquela vez em que o meu piano foi levado para o meu apartamento, há mais de trinta anos.

Quando eu mudei desse meu primeiro apartamento, o piano não foi mais pela escada. Foi levado ao terraço e, dali, desceu pelo lado de fora do edifício, preso por cabos. Literalmente, um “mais pesado que o ar” sendo transportado de forma aérea.

No novo prédio, foram colocadas vigas em um apartamento acima do meu. Com cabos e roldanas, o piano foi içado até o terraço do apartamento e, por ali, entrou. De nota, o susto da Belle Fruitcake, nossa cadelinha Beagle, antecessora do Eddie Wood, quando viu aquele baita piano aparecendo no ar e entrando no apartamento pela murada do terraço.

Igualmente, neste meu atual terceiro apartamento, do qual já estou de mudança, o piano foi içado. Porém, diferentemente das mudanças anteriores, desta vez, não haverá piano para ser transportado. Eu o vendi e já foi retirado. O comprador, uma loja que compra e vende pianos, contratou gente especializada nesse tipo de transporte. Vieram três pessoas. Imaginei que iriam colocar toda a tralha para descer o piano por cabos. Puro engano! O piano foi pela escada mesmo, só que, agora, descendo de um 13º andar.

A primeira providência foi a de retirarem todas as partes de madeira da frente, de cima, de fora, de dentro... Ou seja: tiraram o “armário”. Depois, tiraram todo o conjunto do teclado e mais algumas coisas que davam para serem tiradas. Com isso tudo, diminuíram, no possível, o peso do piano. Depois, enquanto um deles descia, pelo elevador, levando as partes removidas, os outros dois colocaram os seus “pescoçorões” e lá se foram pela escadaria do prédio, felizes como gatos que acabaram de pegar um rato!

A CAMINHO DO PARAISO

Mas, nada como um dia depois do outro, pois o mundo gira, a “Lusitana” roda, e, no próximo sábado, quando tocarem a campainha, em casa, vou imitar a voz da menininha do comercial da TV e berrar pra Nina:

“Manhêêêêê!!! O caminhão da “Granero” já chegouuuuuu!!!”

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NOTAS E... MAIS NOTAS

Novidades nos links de blogs amigos. Agora, separados dos demais, os blogs especializados em música. Não deixem de ver. Muita música de qualidade.

Quero agradecer ao pessoal que tem visitado o blog. Tanto aos que o visitam de forma incógnita como aos amigos que assinalam a presença. Percebo, pelo "contador de visitantes", que a audiência vem aumentando, embora os tímidos não deixem suas mensagens.

E uma nova amiga. A Alê Barros, com seu blog Caraminholas já devidamente registrado e "linkado" na minha relação de blogs amigos. Não deixem de ver. Ela se diz "Taurina, Teimosa, Geniosa, Estressada, Dorminhoca e Pavio Curto". Depois de lê-la, eu digo: Descontração e Emoção andando lado a lado! Podem conferir.

Abração
JF

12 comentários:

Anônimo disse...

Pena que não havia máquina digital para registrar a Bellie de queixo caído quando o piano apareceu na janela, HAHAHAHA...

beijocas!!!

Ju Farias disse...

Caramba!
deve ter pesado mesmo caregar o piano pelas escadas!
Imagine demorar meia hora para subir uma escada!

Unknown disse...

JF

Cada dia melhor o blog. Agora em Itatiba heim? Com mais tempo, vai arrasar!!!

Candido Duarte

Anônimo disse...

Imagino esse peso, ainda bem que agora em Itatiba se arrumar outro, não terá esse problema

Anônimo disse...

JF adoro ler seus "causos", me divirto muito. Parabéns!

Anônimo disse...

FALA AÍ MEU AMIGO!!!!
É sempre uma alegria enorme ler suas histórias! Parabéns pelo talento!!!! Beijão da Má!!!!

Anônimo disse...

SR. JF!!!!
PARABÉNS PELO BLOG!!!! DIVERTIDÍSSIMO!!! SOU SUA FÃ!
FORTE ABRAÇO!
ANASTÁCIA/ Sorocaba

LCMH disse...

É JF, eu me imaginei na pele destes carregadores, pois uma vez tive de ajudar a levar escada acima, uma geladeira destas de quatro portas, para uso comercial, pesadona, alta, escada estreita, nesta empreitada não havia nada bom, mas conseguimos chegar ao andar de cima, e o pior de tudo é que não tinha nem um conhaquezinho pra matar a sêde.

Blog do Beagle disse...

Muito boas as suas histórias. O Baltazar é meu segubdo beagle. Tive o Gaspar, terrível!!!!!!!! Parabéns e seja feliz no sítio. Bjkª. Elza

Anônimo disse...

Caro JF
A Família Jacaré é mesmo demais. Cada vez mais alegre, divertida, e por incrível que pareça, organizada
Parabéns
Cida Mangerona

Anônimo disse...

Família jacaré,

parentesco é coisa que nos é legado por nascimento; amizade, por encontro e escolha. Família é elo, que por diária convivência cria e fortalece laços e enlaces e cria círculos, coisas essas de idas e voltas.

Círculos de amizades ou laços de família?

Nem só, ou apenas só, um só já bastante nó, por sigla e sina.

É no convívio diário e espontâneo em que, descompromissadamente, nos expomos aos elos de amizade.

Obrigado família amiga, pela convivência feliz.



Desejo a cada jacaré tudo aquilo que belezas e surpresas e, principalmente, bênçãos diárias a cada um e a todos, amigos nossos de virtual convívio, não parentes de sangue, mas parentes de seiva,

qual as orquídeas do nosso diário florir...

E não se esqueçam de levar na mudança as orquídeas e a tartaruga.

Prof. René Rocha

Areado, no sul das Gerais.

Marco disse...

Caro J.F.
Você tem um jeito muito divertido de contar esses causos. E eu que achava que piano só se transportava que nem em desenho animado, com roldanas e pela janela. Essa do pescoçorão é novidade pra mim... Ai da coluna dos caras. Valeu! Carpe Diem. Aproveite o dia e a vida.