Oi, gente.
Estou procurando antigos "causos", para reuní-los no meu... como é mesmo o nome, Lu? Blog? Blug? Blogger? Bom! Isso daí.
Localizei este em 09/05/2003, na antiga lista de discussão Mundo Orquidófilo-BR. A
resposta foi motivada por uma questão levantada por minha amiga Jane, de Macaé-RJ, pedindo uma orientação ao grupo de orquidófilos.
Abração
JF
Passarinhos (MO 09/05/2003)
"--- Em mundoorquidofilo@yahoogrupos.com.br, "Jane..." escreveu
> Oi Ilka
>
> Desculpe entrar na conversa, mas é que você falou em árvores com passarinhos... e eu estou tendo um probleminha com eles. Não tenho orquídeas em árvore, pois no meu quintal não tem árvore, mas como moro em um condomínio com muitas árvores está acontecendo o seguinte: os passarinhos estão invadindo o meu orquidário e "roubando" o xaxim dos vasos para fazer ninho. Tem um que está tentando fazer ninho em um cachepô de madeira onde tenho uma C. granulosa.
> O que os amigos me aconselham? Só não vale dizer para não usar o xaxim, pois teria que reenvasar tudo (perto de 200 vasos).
>
> Abraços a todos
>
> Jane - Macaé - RJ"
Jane
A solução para esse problema é muito simples: vai pondo mais xaxim!!! Completa o que eles tiram!!!
Uma parte das minhas plantas fica em SPaulo, no terraço do meu apartamento (13º andar). Uns 80 vasos. Costumo receber a visita, diversas vezes ao dia, de passarinhos: corruiras, tico-ticos e até beija-flor. É incrível, mas é SÃO PAULO mesmo!!! Não reparei se eles carregam xaxim. Apenas que tomam água (quando as plantas ainda estão molhadas, depois de regas) e que devem procurar por bichinhos, pois
não tenho problemas com pulgões, cochonilhas, lesmas, ou lá o que for. Mas, acima da utilidade que acho que eles tem, está a beleza de tê-los em meu terraço. Isso não tem preço!
No sítio, também não tenho notado esse tipo de problema, embora eu tenha voltado às plantas cultivadas em vasos (e com xaxim) há relativamente pouco tempo: ano e meio. Mas nas árvores... Não vejo nenhum prejuízo. Já aconteceu de eu precisar remover uma enorme touceira de Oncidium flexuosum e encontrar um ninho com ovos escondido no meio dela. Pois a touceira ficou no mesmo lugar até que os filhotes nascessem e tomassem seu rumo. Levou meses. Mas a prioridade era deles.
Mudando de passarinho prá cobra: na minha primeira fase de orquidofilia, anos 70, tinha meu orquidário, no sítio, encostado em um barranco. Sei lá por que, tinha uma cobra que vinha quase diariamente "admirar" minhas orquídeas. Ela vinha por cima, pelo barranco, e ficava passeando pelo meio dos vasos pendurados. Como eu tinha o costume de pegar cobras e aranhas e doar ao Instituto Butantã (mania que terminou no dia em que uma cobra escapou dentro do porta-malas do meu carro!!), eu já tinha um certo conhecimento sobre elas. Assim, quando da primeira vez em que vi aquela cobra
esverdeada, com o rabo que ia se afinando aos poucos, bem comprido, percebi que não era venenosa e a deixava à vontade dentro do orquidário (se bem que, quando nós dois estávamos lá dentro ao mesmo tempo, com o canto do olho eu ficava vigiando. Venenosa ou não, eu não sou besta!!!). E esse convívio durou meses. Um dia, porém, eu me
distrai e esqueci dela. Me abaixei para pegar qualquer coisa no chão. Quando levantei, ela estava na bancada e ficamos os dois assim: um olhando pro outro, cara a cara, olho no olho. Aí já foi demais!! Ter uma cobra te encarando, a 50 cm. do seu nariz, venenosa ou não, não é das coisas mais agradáveis. Principalmente sendo uma
cobra de mais de um metro de comprimento. Tomei o maior susto. Pulei prá tráz e peguei a mangueira de água. A coitada da cobra levou um banho que ela deve estar se secando até hoje! Com uma agilidade impressionante, alcançou os vasos pendurados e fugiu para o barranco. NUNCA MAIS voltou! Ficou magoada!!
Coisa engraçada. Eu me assustei e reagi. Ela ficou olhando para mim, esticada, a uma distância em que eu poderia pegá-la com a mão (isto é mera hipótese, naturalmente!), sem tomar qualquer atitude de defesa, de agressão ou mesmo de fuga. Teria se acostumado de tal forma comigo, que não via nenhum perigo? Não sei e nem perguntei.
Talvez a psicóloga da lista, a Gabriela (que diz que costuma rir das minhas histórias), possa explicar tudo isso. Afinal, tinha um ministro que dizia que cachorro também é gente. Essa cobra quase que se podia dizer que tinha atitudes humanas.
Jane: deixa o passarinho fazer seu ninho!!!
Grande abraço
José Francisco
SP/Itatiba/Vinhedo
Um comentário:
Se chama Blog, paiê...
Blogger é onde o seu blog está hospedado, rsrsrsrs...
Beijão, Lu.
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